I - O simples embate de um veículo automóvel em outro que está imobilizado à sua frente na estrada não basta para fundamentar a conclusão da velocidade excessiva na condução daquele, indemonstrado que fique que o seu condutor se esforçou e não conseguiu fazê-lo parar antes do embate. II - A formulação de um quesito em termos de inquirir se o condutor de um veículo automóvel o conduzia a uma velocidade tal que lhe não permitia parar no espaço livre visível à sua frente criado pelo nevoeiro envolve matéria de direito cuja resposta afirmativa deve considerar-se não escrita. III - Mas deve ter-se por desatento na condução de um veículo automóvel o seu condutor que, em recta com nevoeiro que reduzia a visibilidade a 15/20 metros, o faz de modo a deixá-lo embater noutro que seguia ou estava imobilizado à sua frente. IV - Na responsabilidade solidária por acidente de viação cada um dos obrigados responde pela totalidade dos danos para que contribuiu ou por que é responsável, apenas lhe assistindo, na parte que satisfizer para além do que lhe compete, o direito de regresso contra o co-devedor.